
Ex-presidente do Atlético-GO e mais 4 vão a júri por morte de radialista em 2012em Maio 2, 2022 a 9:53 am
- Maio 2, 2022
Valério Luiz de Oliveira morreu aos 49 anos, em Goiânia — Foto: Reprodução/ TV Anhanguera
O julgamento dos cinco réus por matar o radialista Valério Luiz deve ser realizado nesta segunda-feira (2), em Goiânia. O júri foi adiado por duas vezes – uma por causa da pandemia da Covid-19 e outra após o então advogado do cartorário e vice-presidente do Conselho Administrativo do Atlético-GO Maurício Sampaio, acusado de encomendar o crime, desistir da defesa. O crime aconteceu há quase dez anos.
Valério Luiz de Oliveira morreu aos 49 anos, em Goiânia — Foto: Reprodução/ TV AnhangueraO julgamento dos cinco réus por matar o radialista Valério Luiz deve ser realizado nesta segunda-feira (2), em Goiânia. O júri foi adiado por duas vezes – uma por causa da pandemia da Covid-19 e outra após o então advogado do cartorário e vice-presidente do Conselho Administrativo do Atlético-GO Maurício Sampaio, acusado de encomendar o crime, desistir da defesa. O crime aconteceu há quase dez anos.O júri deve acontecer pela 4ª Vara Criminal de Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia, no Setor Oeste da capital. O julgamento será presidido pelo juiz Lourival Machado da Costa.A sessão está agendada para começar às 8h30, mas não tem horário certo para terminar. As interrupções serão feitas para que os participantes façam as refeições e dependerão do magistrado, que levará em conta o andamento do julgamento. A previsão do TJ-GO é que o julgamento dure três dias.Testemunhas: 30Jurados: 7Réus: 5Valério Luiz foi morto a tiros no dia 5 de julho de 2012, na Rua C-38, no Setor Serrinha, em Goiânia. Ele estava dentro do próprio carro, saindo da rádio em que trabalhava, quando foi baleado por um motociclista que passou pelo local.Investigação e denúnciaA Polícia Civil investigou o caso e, em 26 de fevereiro de 2013, indiciou por homicídio:ex-vice-presidente do Atlético-GO e atual vice do conselho de administração do time, o cartorário Maurício Borges Sampaio;Urbano de Carvalho Malta, funcionário de Sampaio;policiais militares Ademá Figueiredo e Djalma da Silva;açougueiro Marcus Vinícius Pereira Xavier.Em 27 de março do mesmo ano, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) denunciou os cinco pelo mesmo crime.A defesa de Urbano, Ademá e Djalma afirmou que os clientes se declaram inocentes e que espera “que o debate seja leal e ocorra numa atmosfera serena e franca”. Já a defesa de Marcus Vinícius informou que não vai se pronunciar.A defesa de Sampaio informou que “ficará mais uma vez demonstrado não haver sequer indícios que incriminem ou liguem o Sr. Maurício Sampaio ao crime”. No entanto, a equipe acredita que “o júri ainda poderá ser suspenso diante das ilegalidades procedimentais”.O g1 também solicitou posicionamento ao Atlético Clube Goianiense – devido o crime ter sido, segundo o MP, motivado por críticas ao time. Em nota, o clube informou que não vai se manifestar, neste momento, a respeito de assuntos fora da área desportiva. Sobre a morte de Valério Luiz, o Atlético-GO “reitera que não teve participação no acontecimento”.Processo na JustiçaO caso chegou ao Tribunal de Justiça de Goiás e as audiências de instrução do processo começaram em 27 de maio também de 2013. À época, presididas pelo juiz Antônio Fernandes de Oliveira, da 2ª Vara Criminal de Goiânia.Já em 13 de agosto de 2014, o juiz Lourival Machado da Costa, da 14ª Vara Criminal de Goiânia, decidiu que os cinco iriam a júri popular.As defesas dos acusados recorreram, mas, em abril de 2015, o colegiado que analisou o pedido manteve a decisão tomada em primeira instância.Os recursos levaram o caso até o Supremo Tribunal Federal (STF). Após duas decisões contra os réus e uma a favor, em fevereiro de 2018 foi mantida a decisão de que todos iriam a júri popular.EtapasO caso foi para a 3ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri, então presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara. O magistrado emitiu um despacho, em abril de 2019, dizendo que não havia estrutura para realizar um júri do tamanho que o caso exige.Como solução, em outubro do mesmo ano, o juiz desmembrou o julgamento para que fosse possível realizá-lo. No entanto, cerca de dois meses depois, ele decidiu não presidir este júri.O juiz Lourival Machado da Costa assumiu o caso e, em fevereiro de 2020, agendou o júri popular para o dia 23 de junho daquele ano. Quando a data finalmente chegou, o julgamento teve que ser adiado por causa da pandemia da Covid-19.Em novembro de 2021, o júri foi remarcado para 14 de março de 2022. No entanto, o advogado que representava Maurício Sampaio havia desistido da defesa e, sem um defensor constituído no processo, ele não poderia ser julgado. Por isso, o juiz Lourival adiou o júri para 2 de maio.Após este adiamento, Sampaio constituiu novo advogado, Silva Neto. O defensor entrou com pedidos no TJ e no STJ para rever uma questão que poderia aumentar a pena do cliente, mas não conseguiu decisões favoráveis.Silva Neto também pediu que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) investigasse o juiz Lourival, mas até sexta-feira não havia decisão do órgão sobre a solicitação.O advogado também quer que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) investigue a conduta dos três promotores que atuam no caso. O g1 pediu uma posição ao órgão, por e-mail, às 15h04 de quinta-feira (28), e aguarda retorno sobre o caso.FONTE: G1Noticias
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